O deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), escolhido pelo presidente eleito
Jair Bolsonaro para ser o próximo ministro da Saúde, disse nesta terça-feira (20) que o acordo que garantiu atuação de profissionais cubanos no Mais Médicos parecia um convênio entre Cuba e o PT.
por Bolsonaro para ocupar a pasta. Ele falou com
jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil,
em Brasília, onde está funcionando o gabinete
de transição do governo.
O governo cubano anunciou na semana passada a retirada de seus profissionais
do programa Mais Médicos. Em um comunicado, Cuba citou "referências
diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro
à presença dos médicos cubanos no Brasil.
"Esse era um dos riscos de se fazer um convênio e terceirizando uma mão de
obra tão essencial. Os critérios, à época, me parece que eram muito mais um
convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma
tratativa bilateral, mas, sim, uma ruptura unilateral", afirmou o novo ministro.
Cuba começou a enviar médicos para o programa em 2013, quando o governo
da então presidente Dilma Rousseff (PT) criou o Mais Médicos.
O acordo para o emprego dos profissionais cubanos foi intermediado pela
Organização Panamericana de Saúde (Opas). Pelo acordo, o governo
cubano recebia o pagamento, ficava com um montante e repassava
o resto para os médicos. Mandetta chamou a medida de "improvisação".