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Karsten Hauken

Um norueguês que foi estuprado em sua própria casa por um refugiado da Somália disse que se sente culpado pelo agressor ter sido deportado. "Chorei quando sentei no meu carro", afirma ele ao se lembrar do dia em que soube da notícia da deportação.
Karsten Hauken disse que sua vida caiu em ruína após o estupro mas, apesar de tudo, se sente culpado porque o estuprador enfrentará um futuro incerto na Somália.
O estuprador foi deportado para a África após ficar quatro anos e meio preso na Noruega.

"Primeiramente, senti um misto de alívio e felicidade ao saber que ele estava indo embora para sempre. O governo norueguês estava agindo de maneira vingativa, como um pai que confronta o estuprador de seu filho", conta.
"Me senti muito culpado e responsável pelo que estava acontecendo. Era a razão pela qual ele não permaneceria na Noruega, mas enfrentaria um futuro incerto na Somália".
"Ele já tinha cumprido a pena na prisão. Por que ele deveria ser punido de novo? E desta vez de forma mais dura?", questiona Hauken no artigo.
Hauken diz que o pior efeito do estupro foi que ele "perdeu muito tempo" para a "depressão e para a maconha".
"É assustador e um tabu falar sobre a vida emocional de um homem", escreveu ele.
"Sinto como se tivesse sido esquecido e ignorado. Mas não me atrevo a falar sobre isso. Tenho medo de ataques de todos os lados", acrescentou.
"Tenho medo de que nenhuma mulher vá me querer e que outros homens vão rir de mim. Medo de que eu serei taxado de anti-feminista quando digo que homens jovens que estão passando por um momento difícil precisam de mais atenção".
"Meninos e homens devem aprender que é normal falar sobre seus sentimentos. Meninos e homens estão sendo ignorados. Para mim, o resultado foram anos de depressão, vício, solidão e isolamento".




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